Sábado, 18 de Setembro de 2004
Dia 22 de Setembro vamos ter o dia europeu sem carros. Portugal, mais uma vez adere à iniciativa. Não questiono os objectivos de combate à poluição e incentivo à utilização de transportes públicos e alternativos não poluentes.
Porém, os dias europeus sem carro sucedem-se anualmente, e não se vislumbram medidas sérias que coloquem à disposição dos automobilistas alternativas ao veículo pessoal.
Quando viajo no Metro de Londres, retiro sempre duas conclusões: se aquela gente toda tivesse de andar de carro, ficava em fila mal saissem do estacionamento e, se eu tivesse um transporte com aquela eficácia, não ia todos os dias aturar semáforos e tipos que usam o automóvel como arma de afirmação pessoal.
Mas em Portugal, nesta questão, como em praticamente todas, não há previsão dos problemas, apenas remedeio tardio e soluções avulsas.
Veja-se o caso do metro do Porto, que só arrancou quando a situação já era insustentável, ou o tão falado metro de superfície de Coimbra, de que se vai falando mas não se concretiza: neste caso, o elevadíssimo número de veículos que diariamente entram e saiem pela chamada Estrada da Beira, obriga a que há muito se tivessem tomado medidas alternativas, tanto por razões ambientais, como por razões económicas e de qualidade de vida de quem reside naquelas zonas periféricas.
Numa atitude bem portuguesa, vamos ter mais um dia sem carros, fazemos de conta que nos preocupamos e continua tudo na mesma.
E vai continuar a faltar o Plano Energético Nacional a que já me referi noutro ponto deste blog.
De Anónimo a 19 de Setembro de 2004 às 02:27
Já para não dizer que fica mais barato andar de carro com mais uma pessoa do que andar de transportes públicos.Os aumentos dos preços dos passes são inevitáveis dizem eles, mas o poder de compra cada vez diminui mais. Todos pelas bicicletas e pelos pedantes...Ricardo
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