NO CRAVO
Santana Lopes disse ontem, discursando na Assembleia das Nações Unidas, que o Iraque não é a sede do terrorismo internacional, deixando implícito que a questão do Iraque nada tem a ver com combate ao terrorismo ou a segurança do ocidente.
É certo que sempre foi dizendo que podiam contar com a gente para ombrear com os mordafocas, onde for preciso.
Nem que, para tanto, tenhamos de andar na penúria devido ao investimento desproporcionado no sector da defesa, digo eu.
Mas que Santana marcou a diferença relativamente aos chefes de governo portugueses, sempre muito prontos a abanarem a cauda de cachorritos ao dono americano, lá isso marcou, e deu uma no cravo, contrariando o discurso de Bush no dia anterior e no mesmo local.
NA FERRADURA
Condecorar Carlucci é um acto ignóbil, que só pode ser entendido como um reforço do sinal de alinhamento à direita - já se cá sabia - do primeiro ministro.
Carlucci defensor dos direitos humanos e da democracia? Onde é que ele estava, e o estado americano que representava, enquanto existiu ditadura em Portugal?
Não consta, nos arquivos, que alguma vez tenha ameaçado avançar com os marines antes de 1974. Ou era uma ditadura, como tantas outras, oportuna?
NA FERRADURA, ATÉ A PARTIR
Paulo Portas disse, em entrevista a uma das televisões, que os investimentos nas forças armadas eram, em parte, justificados pela necessidade de criar condições atraentes para os jovens aderirem ao serviço militar, agora que tinha deixado de ser obrigatório. Que os jovens não iriam aderir com «veículos com quarenta anos e quartéis degradados», sic!!!
Ai coitadinhos, tão queridos e tão esquisitos...
E porque não oferecer um BMW a cada um, mais um livre trânsito para a night, cuecas de seda e uniformes by Armani?
Já agora, um serviço de "visitadoras". O Vargas LLosa até já tem a estrutura no «Pantaleão e as visitadoras», é só consultar.
Oh Paulinho, o menino já compulsou os números do desemprego de jovens em Portugal?
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. Este blog já não mora aqu...
. Sempre
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